Sunday, April 21, 2013

A FILHA DO TEATRO por Natália barros - Painel Crítico

Entre uma História e Outra 
Domingo, 21 de abril de 2013

A Filha do Teatro

A filha do teatro from Natália Barros
Natália Barros 

É professora do Centro de Educação - Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Doutora em História. É integrante do Núcleo de Pesquisa e Estudos em Gênero (NUPEGE)-UFRPE e do Grupo de História do Tempo Presente- GTEMP da Universidade Federal de Sergipe. Tem experiência em Pesquisa e Ensino de História, com ênfase em História das Mulheres e do Corpo, História e Teoria da Arte e Metodologia do Ensino de História, atuando principalmente nos seguintes temas: gênero, história das mulheres, cultura e política no Brasil Contemporâneo, ensino de história e historiografia das artes plásticas em Pernambuco.

Monday, April 01, 2013

Nos limites da representação - Revista Continente (abril/2013)

Nos limites da representação

Escrito por Pollyanna Diniz   
Seg, 01 de Abril de 2013 06:00
André Barreto/DivulgaçãoAndré Barreto/Divulgação
O teatro estava lotado na estreia da peça da diretora badalada, aquela que sempre transpunha a violência do mundo real ao palco. Uma das cenas leva um senhor da plateia a baixar a cabeça e fechar os olhos. Era um casal de atores de shows pornô fazendo sexo explícito. E havia um detalhe: a mulher estava grávida. Essa é uma das passagens do texto A filha do teatro, do dramaturgo, jornalista e professor Luís Augusto Reis, que realiza aquilo que é propagado por uma de suas personagens, a tal diretora badalada: investigar os limites da representação teatral. No caso de Reis, ele cumpre isso, ao construir uma obra que se utiliza da metalinguagem como recurso principal, mas consegue falar do exercício teatral sem se tornar autorreferente e esquecer o público.

É uma história contada por três mulheres (há uma quarta, citada, mas não representada), que trata de amor, compaixão, possessividade, relacionamentos, com elementos de drama e suspense – um tiro é disparado e isso marca a narrativa dessas personagens. Aos poucos, o público vai desenhando um cenário: um casal de mulheres leva para casa uma mãe e o bebê recém-nascido e começam a tratar essa criança como filha. Até que uma delas é assassinada.

O textoA filha do teatro foi montado por diretores como Antonio Edson Cadengue, em 2007, e Antonio Guedes, um ano depois. Agora, volta aos palcos pelas mãos da Cênicas Companhia de Repertório, grupo pernambucano que tem duas décadas de atuação, sob direção de Antônio Rodrigues. A peça fez pré-estreia no festival Janeiro de Grandes Espetáculose está em cartaz até o final do mês no Teatro Arraial. 




Friday, March 22, 2013

Cênicas Cia. de Repertório apresenta nova montagem do texto de Luís Augusto Reis

Espetáculo A filha do teatro entra em temporada no Teatro ArraialCênicas Cia. de Repertório apresenta nova montagem do texto de Luís Augusto Reis

Publicação: 22/03/2013 12:52 Atualização: 22/03/2013 15:58

No elenco estão as atrizes Bruna Castiel, Sônia Carvalho e Manuela Costa. Foto: Andre Barreto/Divulgacao
No elenco estão as atrizes Bruna Castiel, Sônia Carvalho e Manuela Costa. Foto: Andre Barreto/Divulgacao
Não é a primeira versão de A filha do teatro, texto de Luís Augusto Reis que resulta num tributo ao jogo cênico, levada aos palcos pernambucanos. Antes, a Cia. Seraphim, do Recife, dirigida por Antonio Cadengue, e a Teatro do Pequeno Gesto, do Rio de Janeiro, já contaram a história. Agora, é a vez da Cênicas Cia. de Repertório, com temporada às sextas e sábados, às 19h, no Teatro Arraial, na Boa Vista (Rua da Aurora, 457).

É a 10ª montagem da Cênicas, dirigida por Antônio Rodrigues. No elenco, as atrizes Bruna Castiel, Sônia Carvalho e Manuela Costa. Bruna recebeu o prêmio de Melhor Atriz no Janeiro de Grandes Espetáculos de 2013, quando A filha do teatro fez duas sessões em pré-estreia. A trama se inicia com um tiro, que leva à estrutura de nove monólogos que levam a três caminhos e personagens distintas. O público é apresentado à diretora teatral, mãe adotiva; uma ex-atriz pornô, mãe biológica, e a própria filha. Uma personagem oculta, Elisa, companheira da diretora, aparece nos discursos das outras três mulheres.

A temporada, com ingressos a R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada), segue até 27 de abril. O espetáculo tem uma hora e 30 minutos de duração e é indicado para a partir dos 16 anos. Informações: (81) 3184-3057.

Monday, February 18, 2013

O que os atores querem – e podem - Crítica - A FILHA DO TEATRO



O que os atores querem – e podem


A Filha do Teatro. Foto: Ivana Moura
A Filha do Teatro. Foto: Ivana Moura
Trazer o próprio ofício ao palco não é uma tarefa fácil. Porque há o risco, gigantesco por sinal, de ficarmos rodando em círculos, falando do próprio umbigo. E muitas vezes os autores esquecem que não estão escrevendo para os seus pares. Não conhecia o texto A Filha do Teatro, de Luís Augusto Reis, até ver a montagem da Cênicas Cia de Repertório, que estreou no Janeiro de Grandes Espetáculos, no Teatro Arraial. E em meio a tantas montagens do Janeiro – algumas nem tão boas assim -, A Filha do Teatro foi um achado. Um respiro. Bom texto e boas atrizes, ufa! Que combinação difícil de encontrar!
O texto é intrigante, interessante, nos envolve logo de cara e faz com que a gente permaneça assim até o fim. E olhe que (nada mais óbvio de dizer), neste caso, é importante ressaltar sim: é um texto que depende em muito das atrizes que vão encená-lo. A primeira personagem mesmo diz: “Como diretora de teatro, eu já devia ter aprendido isto: não adianta querer consertar tudo. Por mais que você mostre os melhores caminhos, os atores terminam fazendo o que eles querem – ou podem.”
A Cênicas Companhia de Repertório fez uma escolha muito consciente e feliz. Mostra o amadurecimento do grupo, a vontade de continuar crescendo e apostando no trabalho continuado. É o décimo espetáculo do grupo em onze anos de atividade; e, para esta montagem, eles não tiveram nenhum apoio financeiro.
A opção pela narração na dramaturgia se sustenta pela qualidade das atrizes e pelo jogo que se estabelece entre elas – Bruna Castiel, Sônia Carvalho e Manuela Costa. Quatro mulheres são citadas no texto e apenas três delas são representadas, com as atrizes trocando os mesmos papeis com o desenrolar da história.
A atuação de Manuela logo na abertura da montagem já nos captura de pronto. Bruna Castiel causa impacto com corpo e, principalmente, voz. É uma jovem atriz que ainda pode nos surpreender muito. Pelo papel em A Filha do Teatro, aliás, ela levou o prêmio Apacepe de melhor atriz no Janeiro de Grandes Espetáculos 2013.
Claro que foi uma estreia – e aí há sempre os percalços. Sônia Carvalho, por exemplo, tropeçou no texto. Aqueles instantes de angústia para ator e público.
A direção de Antônio Rodrigues é correta, mas o ritmo da montagem ainda soava um pouco arrastado, lento. E talvez esse texto, essas atrizes, mereçam uma experimentação mais ousada; seja nos cenários, na movimentação em cena, na iluminação. A cena pode trazer mais tensão, pode capitalizar o texto.
O espetáculo, que deve entrar em temporada no fim de março, merece tempo em cartaz para amadurecer, para ter o ritmo ajustado e para que o público tenha a oportunidade de ajudar a construir essa obra.
Volto ao texto de Luís. “Todo mundo de teatro tem essa pretensão de querer mostrar “as verdades” para o público. Mas é o público que nos mostra a verdade! Ficamos meses, às vezes anos, concebendo um espetáculo, e aí vem a plateia, paga o ingresso, e só quer uma boa diversãozinha. Quer esquecer as verdades, por uma ou duas horas, de preferência dando muitas gargalhadas. Nos meus espetáculos, eu odiava quando a plateia ria por qualquer coisa”.
Bruna Castiel (centro) ganhou prêmio de melhor atriz por sua atuação na montagem
Bruna Castiel (centro) ganhou prêmio de melhor atriz por sua atuação na montagem
Manuela Costa
Manuela Costa

Monday, January 28, 2013

Sai a lista completa dos premiados no JaneiroFestival encerrou 19ª edição distribuindo troféus para montagens de teatro adulto, teatro infantil e dança

Sai a lista completa dos premiados no JaneiroFestival encerrou 19ª edição distribuindo troféus para montagens de teatro adulto, teatro infantil e dança

Publicação: 28/01/2013 09:01 Atualização: 28/01/2013 12:03

Viúva, porem honesta, do Magiluth, foi escolhido melhor espetáculo, ator e diretor. Foto: Mariana Rusu/Divulgação.

Viúva, porem honesta, do Magiluth, foi escolhido melhor espetáculo, ator e diretor. Foto: Mariana Rusu/Divulgação.

O troféu mais aguardado do 19º Janeiro de Grandes Espetáculos foi para 
Viúva, porém honesta, do Grupo Magiluth, eleito a melhor peça da edição 2013 do festival de artes cênicas. Erivaldo Oliveira, que integra o elenco da companhia recifense, levou prêmio de melhor ator por sua participação na montagem, inspirada no universo de Nelson Rodrigues. E Pedro Vilela, de melhor diretor.


A melhor atriz foi Bruna Castiel, em A filha do teatro, produção da Cênicas Cia. de Repertório, peça que também foi indicada para melhor atriz coadjuvante (Manu Costa) e melhor maquiagem (Vinícius Vieira). O troféu de Melhor Atriz Coadjuvante foi arrebatado por Dani Travassos, por O beijo no asfalto, também adaptação de texto de Nelson Rodrigues. Pelo júri popular, venceu a categoria melhor espetáculo A pena e a lei, do Teatro Popular de Arte, de Petrolina.

No teatro infantil, Seu rei mandou... abocanhou quatro prêmios - figurino e direção (Luciano Pontes); iluminação (Luciana Raposo) e júri popular. As Levianinhas em pocket show para crianças, da Cia. Animée, foi o melhor da categoria pela comissão julgadora.

Na parte de dança, o melhor espetáculo foi Compartilhados, do Grupo Experimental, de Mônica Lira, segunda parte de trilogia sobre a ilha de Fernando de Noronha. Lineu Gabriel, do Grupo Peleja, de Olinda, foi o melhor bailarino empatado com Ivaldo Mendonça, por Encontro Oposto – Três movimentos em um ato, no qual também assina a coreografia. O solo de Lineu, Tu sois de onde?, também teve a melhor trilha sonora, criada por Claúdio Rabeca e João Arruda empatados na categoria com Caio Lima, Hugo Medeiros, Nelson Brederode e Yuri Pimentel por Segunda pele, do Coletivo Lugar Comum.http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/viver/2013/01/28/internas_viver,420182/sai-a-lista-completa-dos-premiados-no-janeiro.shtml


Friday, January 25, 2013

***A FILHA DO TEATRO*** PRÉ ESTRÉIA - JANEIRO DE GRANDES ESPETÁCULOS 2013

Peça 'A Filha do Teatro' terá duas apresentações no Recife

Espetáculo será encenado nesta sexta (25) e sábado (26) no Teatro Arraial.
Nove monólogos conduzem a história de três personagens sobre um crime.


'A Filha do Teatro' é encenada no Teatro Arraial, no Recife (Foto: André Barreto/Divulgação)
O espetáculo “A Filha do Teatro” vai ser encenado nesta sexta (25) e sábado (26), às 19h, no Teatro Arraial, no bairro da Boa Vista, área central do Recife. A montagem é a da Cênicas Cia de Repertório e tem como início do enredo um tiro. São nove monólogos distribuídos em três personagens: a diretora teatral, mãe adotiva; a ex-atriz pornô, mãe biológica; e a própria filha.
A relação familiar entre essas mulheres se estabelece com o nascimento da menina e também com a presença da personagem Elisa, companheira da diretora. Mesmo sendo personagem oculta, Elisa estará presente no relato das três, definindo importante elo entre elas.
As atrizes Bruna Castiel, Sônia Carvalho e Manuela Costa contam os fatos que antecederam um assassinato, se revezando na interpretação das personagens. O intuito da peça é que o público vá montando o quebra-cabeça do crime e as motivações a partir do ponto de vista das personagens, em três momentos distintos: o tiro, o choro e a prece. O espetáculo tem direção de Antônio Rodrigues e texto de Luís Augusto Reis.
Serviço:
A Filha do Teatro
Sexta (25) e sábado (26) – às 19h
Teatro Arraial – Rua da Aurora, Boa Vista, Recife
Indicação: a partir dos 16 anos
Ingresso: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)
http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2013/01/peca-filha-do-teatro-tera-duas-apresentacoes-no-recife.html