Thursday, November 19, 2009

Selecionados Pernambucanos do Prêmio de Teatro Myriam Muniz 2009


O projeto "Senhora dos Afogados" da Cênicas Cia de Repertório com direção de Érico José, foi contemplado no Prêmio de Teatro Miryam Muniz 2009, conforme resultado publicado no Diário Oficial da União. Segue abaixo os selecionados de Pernambucanos:

40.000 1339 Mostra 2010 de Teatro em Tuparetama - Tárcio José de Oliveira Silva - Tuparetama PE
40.000 1551 Pça Teatral - Mostra de Teatro de Rua em PE - Hipnos Companhia das Artes - Recife PE
40.000 1833 O Auto da Compadecida - Teatro Experimental de Arte - TEA - Caruaru PE
40.000 780 Viva a Nau Catarineta nas R.da Mata Sul Pernambucana - Gr. da Gente - GRUDAGE - C. de S. Agostinho PE
40.000 549 A sambada do Boi de Chuva - Uma Empeleitada Ecológica - Uchôa Cavalcanti Ltda - Camaragige PE
80.000 1741 A Peleja da Mãe no País do Senhor do Açucar - Associação dos maracatus de Baque Solto de Pernambuco - Alinça PE
80.000 605 Guerreiras em Circuito de Guerra - ATMA das Artes Produção Cultural Ltda - Recife PE
80.000 1411 Senhora dos Afogados - Sonia R. N. Carvalho - J.Guararapes PE
80.000 263 Cantigas do Sol - D. Quixote de Cordel - Edgar J.R. Alburqueque ME - Recife PE
120.000 2046 A Visita da Velha Senhora - Taveira Belo Ltda - Galharufas Produções - Olinda PE
150.000 1855 Lágrimas de um Guarda-Chuva - Rec Prod. Associados Ltda. - Recife PE
Que venha 2010, salve Pernambuco!!!

Saturday, August 15, 2009

*** Cênicas Cia de Repertório ***


























Monday, August 10, 2009

Encerramento da 6ª edição do Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco com duas apresentações no Teatro Barreto Júnior no Pina.


DIAS 01 e 02 DE AGOSTO DE 2009!!!

PINÓQUIO E SUAS DESVENTURAS
Duas apresentações lotadas, obrigado a todos!!!

Com o público na saída

Vista do Balcão

Vista do Balcão 2


Músicos...muito obrigado por tudo...vocês são demais!!!



Casa lotada nas duas apresentações...Valeu Recife!!!
Gostaríamos imensamente de agradecer a Metron produções pela oportunidade de participar deste importante evento do calendário cultural da cidade do Recife. Valeu Edivane e Rui.
Saudações Dionisíacas!!!
Mais fotos:

Sunday, August 09, 2009

Cênicas in Process

Aula de corpo - Mírian Asfora


Fundo do Baú - Esquete (Dois Pra lá, Dois Pra Cá de Mário Vianna)

Apresentado no POCHADE em 2007.

Vencedor dos prêmios de: Ator Revelação - Gustavo Soares e Melhor Caracterização

Monday, May 25, 2009

Pinóquio e a menininha (legendado)



O vídeo é muito divertido e lindo, vale a pena conferir!!!

Friday, May 01, 2009

PINÓQUIO SUAS DESVENTURAS
***Estréia na Imprensa***
Diário de Pernambuco - 01-05-2009

Jornal do Comércio 30-04-2009








Tuesday, April 07, 2009

Monday, March 30, 2009

QUE MUITO AMOU - BOA RECEPÇÃO DE PÚBLICO E CRÍTICA


Cênicas Cia tem boa visibilidade no Festival de Teatro de Curitiba
Foto: Diego Pisante / CLIX


Matéria publicada no Diário de Pernambuco



Foto: Diego Pisante / CLIX

Este ano, três grupos pernambucanos participaram do Fringe: o Galpão das Artes, de Limoeiro, apresentaram a comédia No humor como na guerra no fim de semana passado; a Cia do Ator Nú, de Recife, com o monólogo Fio invisível da minha cabeça; e a Cênicas Companhia de Repertório, com o espetáculo Que muito amou. As duas últimas derivam da obra de Caio Fernando Abreu, e acabam de ser selecionadas para a edição 2009 do Porto Alegre em Cena.

Que muito amou (título pinçado de uma carta escrita por Abreu em 1984) foi encenado no Teatro Mini-Guaíra, e adapta para o monólogo três contos do livro Os dragões não conhecem o paraíso. Nele, os atores Ana Dulce Pacheco, Antônio Rodrigues e Marcelo Francisco da Silva interpretam personagens que divagam tragicamente sobre sexo, solidão e morte. Este último, vive um transexual de meia-idade, fora das "rodas" sociais, e cheio de amargura. Na noite de sexta-feira, o público foi pequeno, mas saiu consternado do teatro. No dia seguinte, provavelmente motivados pelo boca a boca favorável, mais pessoas foram assistir.

“Foi maravilhoso. Eles têm um fortíssimo trabalho de atuação, o roteiro é muito bom, e o texto é sublime. O terceiro em especial, pois o personagem é muito forte e marginalizado, e passa a mensagem de que os que vivem à margem estão muito mais centrados e conscientes do que os que se consideram normais. Talvez porque o sofrimento traz essa consciência”, disse a estudante de teatro Luzana Medeiros, emocionada de tal maneira que não conseguiu conter as lágrimas.

Rodrigues, que também dirige o espetáculo, disse após a apresentação, que o objetivo da peça é provocar o público, para que ele não saia da sala somente para comer pizza. "No Recife, teve gente que ficou tão mexida que não conseguiu chegar ao fim, e voltou no outro dia para terminar".

Mesmo sem contar com apoio institucional, a companhia apostou na maturidade da peça, criada há cinco anos, e investiu cerca de R$ 6 mil para participar do Fringe, "pois aqui estão os olhos e cabeças pensantes", justifica o diretor.

A Cia do Ator Nú arcou com a mesma despesa, mas não obteve a mesma receptividade que os colegas. Eles apresentaram a peça Fio invisível da minha cabeça, que não teve espaço tão privilegiado como Mini-Guaíra, onde seus conterrâneos do Companhia de Repertório foram recebidos. Em conversa com o Diario, o grupo protestou pelo descaso da organização do Fringe, que alocou a peça numa espécie de salão multiuso do Solar do Rosário, no Largo da Ordem. Lá, o grupo teve de conviver com quadros pendurados nas paredes e um piano despropositadamente posicionado no meio do palco. “É surreal”, desabafou o produtor e ator Edjalma Freitas. “Por participar do Fringe, eu já imaginava que não seríamos bem tratados, mas não sabia que iríamos ser maltratados desta forma”, disse o diretor Breno Fittipaldi.

De forma que, encenada pela primeira vez na quinta-feira, Fio invisível da minha cabeça não recebeu críticas favoráveis. Na tarde de sábado, o espetáculo foi cancelado, pois havia apenas um pagante, devidamente remanejado para o dia seguinte. “Os críticos e público não puderam assistir ao espetáculo como ele realmente é. Aqui não tem coxia nem camarim. Precisamos de, no mínimo, um espaço vazio para encenar o monólogo”, disse Luciana Raposo, que participou da montagem como criadora e operadora de luz.



Postado por Andre Dib às 8:47 AM




Foto: Diego Pisante / CLIX


BEM PARANÁ (Avaliação do Crítico Fernando Klug)



http://www.bemparana.com.br/index.php?n=102391&t=passagem-critica-pelo-fringe-sobrevoando-uns-espetaculos



Cultura
30/03/09 17:14
Festival de Curitiba


Passagem crítica pelo Fringe: sobrevoando uns espetáculos

Fernando Klug/ Especial para o JE


Não foram muitos os erros básicos da “Mostra de Teatro de Curitiba”. Espetáculos cancelados por descuido, estacionamento “obrigatório e pago” lá na FIEP, mudanças de local de espetáculos sem respeitar a fila em que a pessoa comprou dão ar de descaso aos grupos e ao público. Erros acontecem, diria você. Concordo. Mas tão básicos e tantas vezes, me pergunto como pode. Chamo “mostra” sem desrespeito; não é um festival, mas a maior mostra da América Latina. E, ano a ano, a sugestão: por que não diminuir a quantidade e melhorar a qualidade?

Rosa de Vidro: trouxe uma adaptação um tanto melodramática de Tenessee Williams. Perde-se a reflexão sobre o texto. Não entendi o porquê, interpretação over das atrizes e naturalista dos atores. Aliás, o espetáculo não se define entre expressionista ou realista e a mãe torna-se, em dado momento, estranhamente histriônica. Destaque para Ricardo Gelli – o amigo - em atuação que preserva a sutileza e a inteligência do autor.

As Bruxas de Salém (The Crucible): sintetizar o longo e fenomenal texto de Arthur Miller – de carpintaria exata - é como tentar resumir poesia. E o esforço da Cia.8 já erra na escolha de tradução portuguesa, onde termos como quinta, e miúdos atrapalham a compreensão e fazem parecer que a ação se passa na Europa, e não em Massachussets. Os cortes, se deixam claro o enredo, reduzem a compreensão do amplo espectro de razões – políticas e psicológicas - dos personagens. Não é Miller. O elenco parece ter uma dimensão muito aquém da violenta repressão da sociedade calvinista (e do período macarthista); e do perigo que correm seus personagens: é mais que sua vida, em jogo, a cada momento. As movimentações são funcionais, é preciso que o elenco reveja se há sentido nelas, para seu personagem. E deve cuidar para não “comer” os finais das frases. E mais: Danforth jamais poderia aparentar fraqueza. Ele é a metáfora do fascismo do senador Macarthy. E os representantes do poder da Igreja (Hale e Macarthy), se aqui interessantemente representados por atores negros, não poderiam ter o mínimo traço gay, nessa sociedade dominada pelo calvinismo.

Ultimas Noticias de Uma Historia Só: bom texto e direção de Otávio Martins, despojado e sutil. Interpretações convincentes, tanto nas notícias – com se a voz dos narradores fosse a teoria do caos no leve sarcasmo do destino - como na história tragicômica de seqüestrador e sequestrada. O único senão é quando os atores da história vêm auxiliar na narrativa: têm dificuldade em largar os personagens. É uma peça paulistana, sobre São Paulo e de influências bortolotianas. Que bom.

Que Muito Amou: O ator Antônio Rodrigues realiza uma direção de humildade: cenário, luz e som criam ambientação para brilhar o mundo de Caio Fernando Abreu. Textos curiosos, personagens cativantes, belo espetáculo. Pode ser que seja proposital que a interpretação um tanto marcada de Ana Dulce faça escutarmos o texto. Seguida, a de Antônio Rodrigues nos faz ver texto na voz de um personagem. Completando, Marcelo Francisco já é a própria personagem, viva, além do texto. A impressão é de que Caio se baseou nele, e não o contrário. Ator de recursos com caminho aberto para onde quiser ir.

Buck Na Rua: esses caras são engraçados. A peça poderia acontecer em qualquer palco, mas o inteligente Fernando Maatz a trouxe para a rua. Talvez porque a projeção obrigue os atores a dar o texto em tom de vômito, para fora, o que combina com Bukowski. Poderiam ter escolhido local com melhor acústica e vizinhança menos barulhenta, mas as 324 pessoas (contei) não arredaram pé entre as três histórias, repletas de sarcasmo, palavrões e erotismo explícito. Cartas do Poeta – processo de criação: tem sempre aquele espetáculo que a gente achou o melhor. Neste Festival, foram dois: O Estrangeiro e esse aí. O diretor Eric Lenate e o ator Ivo Müller, em processo de criação do espetáculo, escolheram nos mostrar trechos da obra do austro-húngaro Rainer Maria Rilke que falam por si só. Como dar a nós mesmos a possibilidade de viver a poesia? De que ela se revele a nós? Neste espetáculo de rara sensibilidade, silencioso, repleto de imagens, o espectador se sente presenteado. Inteligência, sentidos, verbo e carne. Aqui se compreende a arte como alimento da alma. E, além de tudo, não está pronto. Esperemos.

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CURITIBA INTERATIVA

Foto: Diego Pisante / CLIX

http://www.curitibainterativa.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=16948

Que Muito Amou é forte e intensa
Ilana Stivelberg
26.03.2009


O amor nas formas irreversíveis. Esse é o tema central da peça recifense Que Muito Amou, baseada nos contos do livro Os Dragões Não Conhecem o Paraíso, de Caio Fernando Abreu. O título da peça é inclusive a frase que Caio F. – como gosta de ser chamado – pediu para que estivesse escrita em sua lápide.

A obra, talvez a mais intensa de Caio Fernando, foi muitíssimo bem explorada pelos atores que fazem uso impecável de movimentos corporais. São três. Cada um com sua história. Três monólogos. A amante que ganha sapatos vermelhos, mas cansada de ser a outra, tem uma noite luxuriosa com outros três homens – descrita com detalhes e desenvoltura na peça. O homem confuso que mata seu amado, Dudu, e o procura em cada corpo e canto da cidade. E a Dama da Noite, um travesti que conversa com um rapaz (o boy) de 20 anos sobre a vida promíscua de sexo, amor, drogas e, a Aids.

O texto denso, cru e forte, associado a ótimas atuações são socos no estômago do espectador. Os aspectos técnicos como iluminação, sonoplastia e fumaça (muita fumaça) colaboram ainda mais para essa confusão de sensações de Que Muito Amou e quem muito amou.

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JORNAL O POVO - CE

Vida & Arte
Fringe

http://www.opovo.com.br/opovo/vidaearte/865827.html

Sobre distâncias e visibilidades


Os grupos vêm de longe, cruzam o Brasil enfrentando horas de voo e/ou quilômetros de estrada, do Nordeste até o Sul. Fazem sacrifício e arcam com todas as despesas para se apresentar no Fringe, a mostra aberta do Festival de Curitiba, mesmo sem saber se valerá a pena


Angélica Feitosa enviada a Curitiba - 28 Mar 2009 - 00h51min

"Muitos grupos com bons espetáculos, textos e montagens bem cuidadas podem passar despercebidos se não tiver o público especializado que os veja”, acredita o diretor pernambucano da Cia do Ator Nu, Breno Fittipaldi. Acompanhado do ator Henrique Ponzi, ele fazia panfletagem na porta de outros espetáculos, estratégia para chamar atenção em meio a 290 peças inscritas no Fringe, a mostra aberta do Festival de Curitiba. O objetivo era divulgar o monólogo Fio invisível da Minha Cabeça, baseado na obra de Caio Fernando Abreu e protagonizado por Henrique.

Os meninos da Cia do Ator Nu farão até domingo quatro apresentações. Tudo é muito incerto: não há garantia de público ou mesmo de visibilidade da imprensa e da crítica. O festival ainda preparou-lhes uma surpresa não tão agradável assim: o espaço de apresentação, no Solar do Rosário, tem um piano de cauda, dos maiores, no meio da sala onde entra em cartaz a montagem. O equipamento não tem absolutamente nenhuma relação com o espetáculo. “É uma sala de aula e a gente não pode mexer no piano. É difícil trabalhar nessas condições, porque o espetáculo é para ser mais íntimo, próximo. O jeito foi se adequar”, explica o diretor Breno.

Se os festivais em geral são os principais espaços de visibilidade para os grupos, Curitiba carrega a responsabilidade de ser ainda mais representativo. Por isso mesmo os também pernambucanos da Companhia Cênicas de Repertório calculam 10 mil reais do que eles chamam de investimento para o Fringe. “Isso sem contar com o excesso de bagagem”, brinca o diretor Antônio Rodrigues. O grupo tentou apoio estadual e municipal para os custeios da viagem. O primeiro negou e o segundo ainda não deu resposta. “A esperança é de ressarcimento da Prefeitura de Recife”, considera Antônio. O diretor diz que dois fatores foram fundamentais na decisão de ir a Curitiba. O espaço disponibilizado pela organização ao grupo, o Teatro Mini Guairá e a crença no espetáculo Que Muito Amou, já apresentado no Ceará, no Festival Nordestino de Teatro de Guaraminga, ano passado. “Um festival sempre traz a possibilidade de conhecer outros grupos, de dialogar, de somar ao nosso trabalho. Mas a gente sabe que é sempre um tiro no escuro. O sacrifício pode não dar resultado nenhum”, formula. O espetáculo estreou na última quinta, com público esvaziado, mas com a presença de jornalistas e críticos de várias partes do país.



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Jornal do Comércio 27-03-2009

http://jc3.uol.com.br/jornal/2009/03/27/not_324280.php


RECIFE BARRA-PESADA

Foto: Diego Pisante / CLIX


Ontem, a trupe Cênicas Cia. de Repertório estreou em Curitiba a peça Que muito amou, apresentada ao meio-dia no teatro Mini-Guaíra. Depois de sofrer algumas alterações – como a inclusão da atriz Ana Dulce Pacheco, que, apesar do nervosismo, apresentou-se bem –, a peça, que faz parte do repertório do grupo, mostrou-se mais coesa. É um espetáculo honesto, onde o texto de Caio Fernando Abreu (Sapatinhos vermelhos, Praiazinha e Dama da noite) mostra aqueles que estão “fora da roda-gigante”, limitando-se a observar os bem-aventurados donos de um amor ou de uma casa própria. São situações barra-pesada, onde a sensação de perda é uma constante.


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Site Uol - Mix Brasil

http://mixbrasil.uol.com.br/mp/upload/noticia/3_51_72001.shtml

Ovelhas brancas 1/4/2009
Mais uma vez, Festival de Teatro de Curitiba apresentou versões do assumido Caio Fernado Abreu
Por Rodolfo Lima


Caio Fernando Abreu (1948 – 1996) é presença obrigatória na programação teatral do Festival de Curitiba. Entra ano e sai ano e você pode procurar, há adaptações dos contos do autor gaúcho. Na 18° edição que terminou no último dia 29 de março, não foi diferente. O público pode conferir: “A maldição do vale negro” (SP), dirigida por Jamil Dias Pereira; “Pela Passagem de uma Grande dor” (PR) e as pernambucanas “Que muito amou” e “Fio invisível da minha cabeça”.

“Pela Passagem de uma grande dor” trazia jovens atores curitibanos que representavam personagens que não se comunicam com eficiência, que busca o outro incansavelmente e que permanecem solitários no meio do caminho. Além do conto-título o grupo se utilizou – entre outros trechos – de contos como: “Visita” e “O dia em que Júpiter encontrou Saturno”. Cheio de clichês a montagem – oriunda de um trabalho escolar – não trouxe nada de novo para a cena curitibana e a falta de apropriação do texto, dado a imaturidade dos interpretes tornou tudo pueril e frágil.

“Fio invisível da minha cabeça” é o nome dado ao monólogo encenado a partir do conto “Além do Ponto”. A montagem é simples, sem recurso e protagonizado por Henrique Ponzi – visto como um promissor ator recifense. Porém a encenação barulhenta tornou inaudível o texto e o trabalho corporal do ator contribuiu para poluir ainda mais o que não estava legível. O conto é simples, conta à história de um homem que no meio da chuva, caminha em direção a casa do outro e no caminho, devaneia em como esconder a própria decadência. Nada na direção de Breno Fittipaldi contribuiu para que a clareza do conto fosse posto em cena.

Também de Recife, “Que muito Amou” se mostrou mais eficiente e honesto em trazer um “Caio” sem grandes artifícios, ressaltando o texto e suas nuances. A direção de Antonio Rodrigues encena: “Os Sapatinhos Vermelhos”, “Uma praiazinha de areia bem clara, ali na beira da sanga” e “Dama da Noite”, ambos de “Os Dragões não conhecem o paraíso”, livro de 1989 que rendeu ao autor um prêmio Jabuti.Em Curitiba a montagem não utilizou o cenário da concepção original, o que deixou mais limpa a proposta, que conta com a bela voz da francesa Emilie Simon e uma iluminação eficiente. Rodrigues não ousou e a obviedade das cores pretas e vermelhas, os cubos, a utilização das máscaras e uma das músicas utilizadas na trilha sonora – por exemplo – torna datado e enfraquecem a encenação no todo. Ana Pacheco estreava na interpretação de Adelina, que usa sapatos vermelhos no intuito de atrair homens e sai à caça deles pela noite. O texto é difícil e a direção não resolve bem a encenação do conto. Audível, porém nada se acrescenta ao que está sendo visto. É uma história que precisa da relação de Adelina com os homens que encontra – no caso são três ao mesmo tempo – ou uma melhor adaptação do conto para que não fiquem visível as dificuldades que a trama oferece, para que seja montada a contento.“Uma praiazinha...” defendida pelo próprio diretor, relata a relação homoafetiva de dois amigos. Rodrigues deixou mais leve e menos sombria a história e resolve bem a mistura de interpretação, trabalho corporal e resoluções cênicas sem contar com grandes recursos de adereços e luz. È o contraponto entre o primeiro conto encenado (frágil) com o terceiro. Cabe a Marcelo Francisco (foto) defender o conto mais famoso – por ventura o mais montado – do autor. “Dama da Noite” é encenada com pequenos cortes no original – em vez de Mr. Wonderful, a personagem cita a marca Colcci; não é citado o Instituto de Infectologia Emilio Ribas e nem a atriz Isabel Rosselini – e permeada com a óbvia “I Will Survive”. A direção também não tornou limpa a interpretação de Francisco. Há divergências dos leitores do conto original quanto ao gênero da personagem. Alguns defendem ser uma mulher, outros uma drag. A própria trans Claudia Wonder afirma que o conto foi escrito para ela. Na montagem não se sabe o que o ator representa. Seria uma drag queen? Uma travesti? Ou uma bicha-loca-bêbada-montada? Porém ao fazer tal questionamento também me pergunto se há uma definição clara entre os exemplos citados acima, quando representados em cena. Essa falta de definição faz com que o ator tenha uma interpretação - em alguns momentos – histriônica, fragilizando assim a força do texto, o impacto do belo figurino, da iluminação e das palavras cortantes de Caio Fernando Abreu. Mesmo com ressalvas, Francisco, Ana, Rodrigues, Fittipaldi e Ponzi são as novas ovelhas arrebatadas pela obra do autor.



Ficha Técnica


RECIFE - Pernambuco Direção: Antônio Rodrigues da Silva Filho.

Com Ana Dulce Pacheco, Antônio Rodrigues, Marcelo Francisco. Cênicas

Companhia de Repertório http://www.cenicascia.com.br/

Serviço

Datas: 26/03 - 12:00, 27/03 - 18:00, 28/03 - 21:00, 29/03 - 12:00

Gênero: Drama Preços: R$ 20,00 e R$ 10,00

Local: Teatro Guaíra (Mini-Guaíra)- Rua Amintas de Barros s/n Duração: 60'


Saudações Dionisíacas

Thursday, March 19, 2009

Cênicas Cia é Notícia - Festival de Teatro de Curitiba

O Festival de Curitiba Começou e a Cênicas Cia já é notícia.


Maior evento de artes cênicas do Brasil, o Festival de Teatro de Curitiba tem início esta terça-feira (17), quando ocorre a festa de abertura do evento. Em sua 18ª edição, o festival recebe mais de 300 peças, entre espetáculos de atores ou companhias consagradas, de iniciantes e infantis.

Dividido em duas vertentes principais, a Mostra Contemporânea e o Fringe, o festival segue até 29 de março. Na principal vertente, a Mostra Contemporânea, são apresentadas 29 peças. Abrindo a Mostra Contemporânea, quinta-feira (19), são encenados "Calígula", peça com direção de Gabriel Villela e Thiago Lacerda no elenco; "Oceano", com direção de Hugo Possolo; e "Rainha[(s)]", texto do dramaturgo alemão Friedrich Schiller. Os três espetáculos serão apresentados em locais diferentes Já o Fringe -- mostra paralela do festival, sem curadoria, que tem como objetivo ser um espelho da produção contemporânea brasileira -- recebe 290 apresentações.
Em sua terceira participação no Festival, a Cênicas Cia de Repertório já é notícia pelo Brasil. Jornais de Curitiba, Fortaleza e Pernambuco já estãp falando da participação de Que Muito Amou no festival, nos dias 26,27,28 e 29 de março de 2009, no Teatro Mini Guaíra.


Matérias abaixo(clique nas imagens para ampliá-las):


Diário Do Nordeste - CE
Gazeta do Povo - PR


Diário de Pernambuco - PE

Jornal do Comércio - PE

Site - A CAPA - SP

Evoé.



Tuesday, February 03, 2009

Cênicas no Zôo - Laboratório








Monday, January 26, 2009

Wednesday, January 14, 2009

NOVO BLOG DO CÊNICAS CIA DE REPERTÓRIO!!!

☆☆☆☆☆ TUDO SOBRE O CÊNICAS ☆☆☆☆☆


AGUARDEM NOVIDADES!!!